Governo estuda aumento

quinta, 15 de setembro de 2011

Governo estuda aumento na oferta de crédito.

Medida que cria fundo de aval para beneficiários da Bolsa Família foi anunciado no Seminário "Brasil sem Miséria: como o empreendedorismo e os pequenos negócios podem ajudar"

Dilma Tavares
Brasília - Está em negociação entre o governo federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) a criação de um fundo de aval para a carteira de beneficiários do programa Bolsa Família. A novidade foi apresentada por Gilson Bittencourt, Secretário Adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, durante o Seminário "Brasil sem Miséria: como o empreendedorismo e os pequenos negócios podem ajudar", realizados pelo SEBRAE, nesta quarta-feira (14), em Brasília.
"A intenção é que a medida seja extrapolada para os demais bancos públicos ou agências de fomento e que os bancos privados também se associem a essa ideia", explicou. Para Gilson Bittencourt, esse fundo de aval é uma das medidas estudadas como adicionais ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (Crescer) - lançado recentemente pelo governo federal e que tem como público-alvo os beneficiários da Bolsa Família e os empreendedores individuais, os chamados "autônomos", como: costureiras, chaveiros e vendedores de cachorro quente.
"Esse programa gera fomento ao empreendedorismo e espera-se que contribua para o processo de erradicação da miséria no Brasil. Com crédito, o pequeno empreendedor pode crescer e gerar, também, ocupação para outras pessoas. Quanto mais fomenta a economia, mais gera oportunidades", explicou o secretário.
Gilson Bittencourt participou do painel "Empreendedorismo, Microcrédito e superação da Miséria" que também tinha como convidados os professores Giuseppe Cocco e Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O mediador foi Alexandro Rodrigues Pinto, da Secretaria de Gestão da Informação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
A professora Lena Lavinas defendeu a continuidade de programas sociais, como a Bolsa Família, e alertou para o fato de que nem todos que estão abaixo da linha da pobreza poderão se tornar empresários. "Tem que ter a política macroeconômica e a política social", destacou. Já o professor Giuseppe Cocco defendeu um modelo de desenvolvimento baseado na mobilização democrática da sociedade a partir dos pobres, "tendo o Bolsa Família como renda universal"
Fonte: SEBRAE

Galeria de Fotos