Embora continue acima dos níveis de 2010, a inadimplência da pessoa física esta dando sinais de desaceleração no país, movimento que deve durar mais alguns meses. Em novembro, o índice subiu 1,9% sobre o mês anterior, e ficaram 17,4% acima do apurado no mesmo período de 2010. Mas os aumentos nesse tipo de comparação vêm diminuindo desde agosto, quando a inadimplência foi quase 30% maior que a de igual período do ano passado. No acumulado de janeiro a novembro, os valores subiram 22,4% em relação ao mesmo período de 2010. Esse indicador também tem diminuído – era de 23,4% em setembro. Os dados foram apresentados ontem pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de créditos.
De acordo com a Serasa, a alta na passagem de outubro para novembro foi resultado da segunda parcela das compras do Dia das Crianças e da greve dos Correios, que teria atrasado pagamentos – a série da empresa não leva em conta variações sazonais, aceleração neste mês. “Há uma grande possibilidade de dezembro apresentar quedas nas series, incluindo o índice mensal”, diz Almeida.
Perspectivas
A expectativa também é de queda em janeiro e fevereiro de 2012 – meses que, historia ausente, costuma apresentar os menores índices de inadimplência. “O consumidor já vai entrar no ano que vem carregando se endividamento e ainda há a expectativa de uma inflação ainda alta nos próximos meses, o que corrói a renda. Por mais que não sejam positivos, esses fatores devem acabar limitando níveis ainda mais altos da inadimplência para 2012”, afirma Almeida, segundo ele, a alta base de inadimplência de 2011 também deve fazer com que os números do próximo ano sejam menores.
O consumidor econômico da Associação Comercial do Paraná, Cláudio Shimoyama, também vê com bons olhos os números de 2012. Para ele, o estado segue uma tendência próxima a situação do país, devendo apresentar baixas ao menos pelos próximos três meses. “Claro que haverá um forte consumo no fim do ano, motivado pelas compras de Natal, mas boa parte dos endividados também deve aproveitar 13º salário para pagar parte de suas dividas”, afirma.
Segundo ele, o cenário nacional positivo, principalmente com a estabilidade do emprego, também deve puxar os índices para baixo. “podemos dizer que temos situações favoráveis aos consumidores e aos comerciantes”, diz ainda que tenham subido em relação a outubro, os números de novembro apresentam quedas na sequencia de comparação com 2010.
Fonte: ACIAR