Fabricantes responsabilizam a alta das commodities e do salário mínimo pelo aumento de preços.
A páscoa de 2012 deve ser mais doce e também mais cara. Mais doce porque a maioria dos fabricantes deve ampliar sua produção entre 10% e 20% em relação a 2011.
Mais cara porque o reajuste do preço dos ovos de chocolate pode chegar até 9%. O aumento está diretamente relacionado à alta das commodities no primeiro semestre de 2011, a exemplo do cacau, que teve um período de forte aumento.
Empresas como a Kraft, proprietária da Lacta e da Arcor, justificam que no ano passado compraram o cacau em maio, período em que a matéria prima chegou ao seu ápice, e iniciaram a produção em agosto.
A alta do açúcar também influenciou o preço do ovo de chocolate, assim como o aumento do salário mínimo do começo do ano.
"Neste ano, somente entre as empresas integrantes da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), houve uma oferta de cerca de 20 mil vagas, entre empregos em fábricas e nos pontos de venda", explica Ubiracy Fonseca, vice-presidente de chocolates da Abicab.
Fonseca explica que o chocolate é uma categoria aspiracional que nos últimos anos teve um aumento de significativo do consumo per capita por conta da classe C. De olho neste público, que agora conta com poder aquisitivo maior e salário mínimo mais gordo, a expectativa das indústrias é que, na média, as vendas de páscoa cresçam de 5% a 8% em relação ao ano passado.
Em 2011, houve um aumento no consumo de ovos na ordem de 7% e foram produzidas 18 mil toneladas do produto. Além disso, o mercado brasileiro consumiu 11% a mais de chocolate em relação a 2010, e registrou uma produção de cerca de 390 mil toneladas.
Fonte: SPC Brasil
