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Ética na política

terça, 11 de setembro de 2012

É possível ser candidato, eleger-se e não comprar votos?

Vereador por dois mandatos em Pato Branco Osmar Braun diz que sim
Estas eleições municipais estão sendo um divisor de águas na visão de alguns observadores da política brasileira. Elas acontecem paralelamente aos julgamentos do mensalão no STF. E como diria um ex presidente do Brasil, “nunca antes na história deste pais”, se viu tanto colarinho branco sendo condenado. Este julgamento será também um divisor de águas para a Justiça brasileira, na visão de juristas e doutrinadores do Direito pátrio. Mas, e aqui na base, será que estes conceitos estão mesmo sendo aplicados na prática. Na visão aristotélica a ética estava centrada na ação moral e voluntária do cidadão e nos seus vínculos institucionais com a comunidade. Foi o primeiro esboço histórico de um questionamento sobre a ética e a política na história da humanidade. Mas da filosofia à prática, há o oceano da inconstância humana, de seus egos, carências e ganâncias, em que muitas o vezes o “Ter” se sobrepõe ao “Ser”, e então nascem corruptos e corruptores. A partir desta visão realizamos este diálogo com o Vereador Osmar Braun. Eleito por dois mandatos e atualmente presidente da Câmara de Vereadores de Pato Branco. Para ele é possível ter ética na política e exercê-la na prática.
Vereador, é possível eleger-se com ética?
Osmar Braun: Sou muito feliz em afirmar como cidadão que é possível. Nas duas eleições em que tive êxito sempre pautamos nossa candidatura na ética. Temos que dar este exemplo, e começar a mudar a Nação a partir do local. Não é preciso comprar voto com favores pessoais, não é preciso se prostituir para ter êxito nas urnas. É preciso votar em candidatos que não comprem votos. Aquele que compra voto na eleição vende seu voto durante o exercício do mandato.
Vereador, é comum o eleitor assediar o candidato com pedidos que vão da gasolina ao mais complexo, como o senhor agia nesta situação?
Osmar Braun: Quando o eleitor me abordava desta forma eu era sincero. Faz o seguinte você compra o óculos, o botijão de gás, a gasolina com o seu dinheiro, que eu nunca vou vender o meu voto na câmara, se eleito. Faça sua parte e eu faço a minha. Jamais concordei ou agi desta forma perniciosa na política.
Vereador como o senhor vê a atitude de candidatos a prefeito ou a vereador de pagar com gasolina os adesivos colados em carros?
Osmar Braun: Esta questão é clara para mim. Quando você pede ao eleitor para colocar seu adesivo no carro, você compra um espaço publicitário e pode pagar por isso. A relação se corrompe, quando o candidato diz: “toma aqui esta gasolina para votar em mim”. Eu utilizei parte da verba de minha campanha para esta forma de propaganda, que julgo muito eficiente. Mas todos tinham liberdade para votar em quem desejassem. Adesivar o carro não era imperativo para votar em mim. É um espaço publicitário que sofre uma relação normal de mercado. O que não pode é comprar o voto do cidadão a troco de gasolina.
Sua avaliação pessoal agora. Que nota daria para a observância da ética na política local nestas eleições?
Osmar Braun: (risos) Sua pergunta é difícil de responder. Mas lá vai, acredito que poderia dar nota oito. Mas é preciso avançar mais.
Fonte: Assessoria de Imprensa

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