¨Não existe óbice nem impedimento para a implantação do trem regional entre Londrina e Maringá¨, adiantou nesta quinta-feira (5) o diretor do Departamento de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes (MT), Afonso Carneiro Filho, representante do Governo Federal no ¨I Seminário Técnico do Trem Pé-Vermelho¨, que acontece sexta-feira (6), em Londrina, no Paraná, coordenado pela Ferroeste. ¨Naturalmente¨, ressalva o diretor do MT, ¨será preciso fazer alguns investimentos para que esse projeto se concretize¨.
Afonso Carneiro Filho participará das discussões sobre ¨Marco Legal do Transporte de Passageiros e Cargas¨, às 12h10, no auditório do Hotel Crystal Palace, em Londrina, que trata da reativação do trem de passageiros no eixo ferroviário Londrina-Maringá, entre Ibiporã, no Norte paranaense, e Paiçandu, no Noroeste do Estado. Os trechos Londrina-Maringá e Caxias do Sul-Bento Gonçalves (RS), informa o representante do MT, ¨são os primeiros projetos que começamos a estudar¨.
Para acompanhar as discussões em torno da reativação dos trens de passageiros através do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros do Governo Federal, um grupo de prefeitos gaúchos das regiões de Caxias do Sul e Bento Gonçalves veio participar do Seminário juntamente com Marco Arildo Prates, presidente da Trensurb, empresa que opera os trens metropolitanos na região de Porto Alegre.
O grupo paranaense integrado por prefeituras e universidades, coordenado pelo presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, que gestiona a reativação do Trem Pé-Vermelho, desenvolve parceria com a Trensurb, de Porto Alegre, para desenvolver o modelo de operação dos trens regionais nessas duas regiões. Outro parceiro do projeto é o Laboratório de Transporte (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), gestora do projeto Caxias do Sul-Bento Gonçalves. Também participam da elaboração dos estudos preliminares as universidades estaduais do Paraná (UEM e UEL) e do Rio Grande do Sul (Universidade Caxias do Sul-UCS).
PARANÁ E RS
De acordo com o diretor do Departamento de Relações Institucionais, Afonso Carneiro Filho, pesquisa do Ministério dos Transportes incluiu quatorze trechos ferroviários, entre o Rio Grande do Sul e o Maranhão, com possibilidade de resgatarem operações de transporte de passageiros. Os trechos Londrina-Maringá e Caxias-Bento Gonçalves estão entre os mais viáveis, segundo Carneiro Filho. ¨A implantação é plenamente possível¨, ressalta, e o Governo Federal tem grande interesse na viabilização dos projetos.
¨Os trens regionais significam o retorno do trem de passageiro no país¨, ressalta Carneiro Filho. ¨Vão beneficiar diretamente os cidadãos¨. O programa do Governo Federal, segundo ele, visa ¨desconcentrar as cidades-pólo para que as pessoas possam morar no subúrbio ou no interior, com qualidade de vida, e com serviços de grandes centros, sem concentração e crescimento desordenado¨.
Vão também participar do seminário representantes da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), ALL, Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), BNDES, coordenadorias das regiões metropolitanas de Londrina e Maringá (Comem e Comel), prefeituras, universidades (UEL, UEM, UFSC), Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento), Ipardes, IEP (Instituto de Engenharia do Paraná), autoridades regionais e interessados no desenvolvimento ferroviário nacional.
Fonte: Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. - FERROESTE
