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Copom indica que processo de corte de juros chegou ao fim

quinta, 18 de outubro de 2012

Escrito por ACEU
Qui, 18 de Outubro de 2012 09:41

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou nesta quinta-feira (18), por meio da ata de sua última reunião – quando os juros foram reduzidos para 7,25% ao ano, no décimo corte consecutivo – que o processo de redução da taxa básica da economia brasileira, pelo menos por enquanto, chegou ao fim.

A decisão de baixar os juros na semana passada não foi unânime. Na ocasião, cinco diretores votaram pela redução da taxa, enquanto outros três integrantes do Copom, que foram voto vencido, defendiam a manutenção dos juros na última semana.

A maioria do Copom avaliou que "restavam incertezas quanto à velocidade de recuperação da atividade, em grande parte, decorrência das perspectivas de que o período de fragilidade da economia global seja mais prolongado do que se antecipava, com repercussões desinflacionárias sobre a economia doméstica".

'Último' corte nos juros Em seguida, sobre a redução de juros efetuada na semana passada, o BC informa: "Portanto, no entendimento desses cinco membros do Comitê, o cenário prospectivo para a inflação ainda comportava um último ajuste nas condições monetárias".

O Banco Central também informou que o Copom entende que a "estabilidade das condições monetárias" [manutenção dos juros] por um "período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".

Sistema de metas de inflação Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas de inflação, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. No ano passado, o IPCA, ao somar 6,5%, ficou no teto do sistema de meta.

O BC informou novamente, na ata do Copom, que o aumento recente da inflação está relacionado com a alta nos preços das chamadas "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, minério de ferro e petróleo), que tendem a ser revertidos no "médio prazo". Deste modo, argumentam que, mesmo que o IPCA fique acima de 5% neste ano (conforme a previsão do BC), retomará a trajetória de convergência à meta central de 4,5% em 2013.

Minoria do Copom A minoria dos membros do Copom, que queria a manutenção dos juros, segundo informou a ata da última reunião, avaliou que a recuperação da atividade tende a ser sustentada pelos "impulsos monetários, fiscais e creditícios" (reduções de juros e estímulos, como corte do IPI para linha branca e automóveis) já introduzidos na economia.

"Eventualmente, pressões de demanda e de custos poderão incidir sobre a inflação. Consequentemente, na visão desses três membros do Comitê, o cenário prospectivo para a inflação não recomendava um ajuste adicional nas condições monetárias", informou o Copom, por meio da ata de sua última reunião.

Fonte: G1
 
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