CACIOPAR

quinta, 17 de agosto de 2017

Caciopar rejeita manobras por reforma política de “gabinete”

A Caciopar, que é porta-voz de 46 associações comerciais e empresariais do Oeste, acaba de emitir documento sobre debates em Brasília sobre mudanças nas eleições já a partir de 2018. A entidade considera que as discussões têm se limitado simplesmente aos “gabinetes”, sem ouvir ou considerar os clamores da sociedade e das ruas. “Não é esse o modelo de reforma política que contribuirá para a construção de um novo Brasil”, segundo o presidente da Caciopar, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira. 
A hora, de acordo com o documento, exige responsabilidade das pessoas e dos homens públicos que têm por missão conduzir o País a dias melhores, afastando-o de sua mais aguda e longeva crise ética, moral e econômica. Acompanhe a seguir o documento na íntegra que foi enviado a entidades, líderes e setores organizados e também a parlamentares:

A responsabilidade com
o exemplo e com o futuro

Há muitos anos pesquisas e indicadores diversos mostram que o Brasil precisa, de uma vez por todas, superar algumas de suas deficiências mais primárias. Que deve destinar de forma eficiente fatia considerável de recursos para a valorização da educação de qualidade, que precisa assegurar fatias do dinheiro do contribuinte para obras de infraestrutura de olho na produtividade e na competitividade e que, por meio do exemplo, deve-se estimular bons hábitos de respeito, justiça e cidadania entre todos os brasileiros.
Embora o País dê sinais de que algumas coisas mudaram nos últimos anos, em outras instâncias se percebe uma forte e corporativa resistência. De um desejo indisfarçável e insistente de permanência em um passado de jeitinhos, acorbertamentos e descompasso com os reais interesses da sociedade que precisa urgentemente ser vencida. Não é por acaso que o Brasil enfrenta alguns dos seus piores indicadores em décadas, de retrocesso em áreas importantes, de desemprego recorde, de escândalos públicos desnudados em escala exponencial e de violência em uma ascendente que sequer poderia ser imaginada.
Cabe a todo brasileiro colocar a mão na consciência, refletir sobre sua postura e, caso perceba oportunidades de melhorias, aliar-se então à humildade e mudar. Mas para que o País deixe as amarras do patrimonialismo para trás, de um Estado faminto por impostos, inchado e pouco eficiente, é fundamental que os políticos e homens públicos, dos mais diversos escalões e funções, percebam e também sejam atores da mudança verdadeira e ética.
A Caciopar, coordenadoria que representa 46 associações comerciais e empresariais do Oeste do Paraná, faz coro a um recente texto que tem como protagonista o presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa. Nele, o líder empresarial faz críticas à postura de parlamentares, em Brasília, que aprovaram a toque de caixa e de forma unilateral uma chamada reforma política que nem de longe é aquela almejada pela sociedade que trabalha, desenvolve, gera riquezas e paga impostos dos mais elevados e injustos do mundo.
Não é mais possível aceitar que políticos se deixem seduzir tão aguda e rasteiramente por estratégias tão condenáveis, impopulares e que, novamente, condenam o Brasil a um atraso abismal. O distritão, que poderia facilitar a eleição principalmente de velhos caciques da política, o distritão com legenda e a intenção de aprovar um fundo bilionário para campanhas, com o suado dinheiro público, está longe do que se busca em um cenário de mudanças e transformações tão profundas.
A Caciopar pede sabedoria, serenidade e postura estadista aos homens que, devido ao poder a eles concebido, têm em suas consciências e em seus atos a responsabilidade de dar exemplos para o presente e para o futuro do Brasil. 
Nosso País será no futuro, a exemplo do que ocorre na vida de cada um, o resultado das escolhas de agora. E, de uma vez por todas, essas escolhas precisam, para o bem de todos nós, respeitar a sensata, soberana e sábia voz do povo brasileiro.
 

Fonte: CACIOPAR

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