Semear educação para colher desenvolvimento
O Brasil ainda carrega o peso de um grande contingente de analfabetos e de analfabetos funcionais, realidade que compromete o desenvolvimento social, econômico e humano do País. Os desafios da primeira educação, aquela que forma as bases da aprendizagem, são profundos e exigem comprometimento coletivo. É nas séries iniciais que se consolidam valores, habilidades e competências fundamentais para a vida cidadã e profissional. Quando falhamos nesse início, comprometemos o futuro de milhões de brasileiros.
Por isso, experiências inovadoras que buscam mudar essa realidade merecem ser destacadas. Um exemplo recente foi o Fórum Econômico e Político do Oeste do Paraná, promovido pela Caciopar em parceria com POD, Sebrae e Acic e apoio de muitos entes, como Secretaria de Estado da Educação, Amop, Acamop e Conselhos de Desenvolvimento. O encontro reuniu prefeitos, secretários de educação, gestores, empresários e líderes de diferentes segmentos em torno de um propósito comum: debater soluções para fortalecer a educação de base.
Ficou evidente que apenas com ensino de qualidade, estruturado e eficiente é possível formar cidadãos críticos, preparados para aproveitar novas oportunidades e responsáveis para atuar com ética e compromisso social. A ideia do fórum realizado no fim de setembro, na Acic, em Cascavel, nasceu em 2022, a partir de uma visita de líderes empresariais a Israel, caravana que orgulhosamente integrei.
Ali, em um país minúsculo e cercado de inimigos históricos, foi possível observar como a educação de excelência se traduz em desenvolvimento e bons resultados. O país é considerado a meca das startups, tem ensino de ponta e faz da inovação o fio condutor desde os primeiros anos escolares. Não à toa, acumula prêmios Nobel que exaltam o melhor da capacidade humana.
O Brasil tem referências igualmente inspiradoras, como Sobral, no Ceará, e Assaí, no Paraná. Esses municípios provaram que, com gestão focada, inovação e compromisso, é possível transformar a realidade educacional e abrir horizontes para toda uma geração.
Esses bons exemplos, nacionais e internacionais, precisam ser conhecidos, valorizados e multiplicados. Somente assim, pela união de forças e de interesses, construiremos um país mais justo, competitivo e humano. Mais que um desafio, investir na educação de base deve ser visto como um dever de todos. O futuro que sonhamos e merecemos só será possível se o compromisso com a qualidade estiver presente desde os primeiros passos da formação escolar.